Sai de Pistóia as 8:00 da manhã levando comigo a bicicleta
que a Giulia me emprestou para usar no passeio. Destino: a Ilha de Elba. A
paradisíaca ilha aonde, em 1814, Napoleão Bonaparte ficou exilado por 300 dias
após ser forçado a abdicar o poder.
Quase 4 horas de trem depois, cheguei na estação onde eu
supostamente deveria pegar um ônibus que me levaria até o porto da cidade de
Piombino, onde se pega a balsa para a Ilha de Elba. Supostamente pois, bicicletas embora possam ser transportadas nos trens, em ônibus não tem essa
regalia então eu tinha duas opções. Ou esperava 1:30 pelo trem que ia até o
porto, ou fazia o trecho de 18 km bicicleta.
Optei pela segunda opção e sob um sol de 32°C,
pedalei em meio a enormes plantações de girassóis e paisagens típicas da
toscana Italiana.
Já no porto, bilhete da balsa na mão e rumo a 50 minutos em
alto mar até Elba.
Quando decidi vir de bicicleta para a ilha, foi pelo motivo
de ler na internet e ouvir falar que a ilha tinha pouco mais de 20km de uma ponta a
outra, porém em nenhum lugar dizia que era um terreno todo montanhoso, além da
ilha ser muito maior do que os tais 20km. Chegando lá vi que jamais seria
possível conhecer todo o local de bicicleta, muito menos em 2 dias. A solução
foi alugar um carro que acabou saindo bem em conta. Mais tarde entenderão
porque.
Pelas 15:00, motorizado, comecei a explorar sem rumo algumas
das mais de 70 praias da ilha.
Depois, fui a uma cidade chamada Marciana que fica em uma
das montanhas e onde há um pequeno parque com trilhas para subir até o topo da
mesma. No caminho, interessantes rochas
se destacadas pois se assemelham a um homem (chamada de pedra do Guerreiro) e
a um urso (chamada de pedra do Urso).
O guerreiro pode-se identificar nitidamente, testa, olhos,
nariz e boca, já o urso confesso que não entendi muito bem. Hahahaha. Depois de
observar muito eu tive a impressão de lembrar o Ursinho Pooh, mas não tenho
certeza se é isso mesmo ou se eu viajei demais.
Para finalizar o dia, fui a uma linda praia de água
cristalina chamada Cotoncello, onde fui presenteado com um belíssimo
pôr-do-sol.
A noite, um pequeno problema. Eu cheguei em Elba totalmente
sem rumo e por ser alta temporada, quase todas as hospedagens já estavam
alugadas, sem contar no alto preço. Eu
que não estava afim de correr atrás de um pouso, nem gastar tanto só para ter uma cama, jantei em uma
bodeguinha de esquina e estacionei o carro em um local mais reservado e ali dormi
tranquilamente até o dia seguinte.
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