Só tenho uma coisa a dizer para as pessoas que me falaram “Ah,
Veneza é legal mas não achei grande coisa. Uma tarde lá é o suficiente”. Sinto
muito mas vocês não conheceram a verdadeira Veneza.
A romântica cidade que a cada ano afunda alguns milímetros
no mar tem todo seu charme e romantismo em uma vida noturna das mais incríveis
que eu já vi. Ir para Veneza e não passar pelo menos uma noite lá é como ir a
Paris e nem chegar perto da torre Eiffel.
Cheguei lá ao entardecer e de cara já me apaixonei pela
cidade. Não há carros, não há ônibus, não há motos. Qualquer trajeto é feito ou
a pé ou em embarcações fluviais como as famosas gondolas e seus talentosos
gondoleiros que cantam e encantam os milhões de turistas que visitam todo ano a
região.
Da estação de trem segui de barco até um albergue onde só
larguei minhas coisas e fui direto para o centro curtir a agradável noite que
fazia. Passei pelos conhecidos pontos turísticos como a Praça San Marco, a Ponte dos Suspiros e a Ponte de Rialto onde
várias pessoas perambulavam enquanto músicos e artistas se apresentavam por
todos os cantos.
No outro dia pela manhã visitei algumas igrejas e o
magnífico Palácio Ducale onde passei horas andando pelos grandes salões
decorados até o teto por belíssimas obras de arte de renomados artistas, além da
Prigioni Nove, o primeiro edifício no mundo construído para ser uma prisão e que
é ligado ao Palácio Ducale pela Ponte dos Suspiros que leva esse nome pois segundo
a lenda, antigamente, os prisioneiros (atravessando-a) suspiravam na ocasião de
ver pela última vez o mundo externo.
A tarde dei mais umas voltas pelas vielas da cidade e pra
finalizar, visitei a Basílica de San Marco antes de pegar o trem de volta a
Pistoia.